Concreto!
Tudo que eu vejo
é
feito de concreto
Até
alguns beijos
até
alguns afetos
Eu
não quero morrer aqui
no
meio das putas, alcoólatras e drogados
Me
leve de junto a ti
Para
Paris, Roma ou Stalingrado
Não
quero ter a rotina dos automóveis
Ser
robô da minha necessidade capitalista
Buscar
dinheiro, móveis e imóveis.
Prefiro
morrer espatifado na pista.
Entendes
o que estou falando?
Nós
somos fodas demais, não vagabundos
Não
nascemos para ver o mundo girando
Mas
sim para girarmos o mundo.